20 de abr. de 2010

O COMENTÁRIO DE FRENANDO ROCHA

O decisivo

O que mais me chamou a atenção nesta heróica classificação do Tigre no último domingo, ocorreu depois de encerrado o jogo no Mineirão. Foi a declaração do nome do Tigre e da partida, o atacante Danilo, autor de dois belos gols, que decidiram a classificação em favor da equipe ipatinguense.Danilo, que só entrou no time por conta de uma sequência de contusões, fatalidades, coincidências, culminando com o afastamento de inúmeros titulares importantes nesta reta final, disse ao repórter Alfredo Sales da Vanguarda, ao deixar o gramado do Mineirão: - O professor me pediu para ser “decisivo” e eu procurei até no dicionário o que significa ser “decisivo”, então me concentrei nesse objetivo, e Deus abençou.A simplicidade do artilheiro Danilo, autor dos gols que derrubaram o todo poderoso Cruzeiro, reflete exatamente o que permeou este confronto, pois se de um lado haviam jogadores dedicados, esforçados, querendo um lugar ao sol, do outro esta um time, o Cruzeiro, cheio de marra, olhando a tudo e a todos com ar de superioridade, a começar pelo técnico-inventor, que do alto de sua habitual arrogância, subestimou e menosprezou o adversário, ao escalar um time reserva para iniciar a partida, julgando que a classificação era favas contadas.
· Danilo é cidadão honorário de Uberaba, título que lhe foi concedido pela Câmara Municipal, em razão de suas atuações pelo “zebu”, que levaram a equipe do Triângulo de volta à divisão de elite do futebol mineiro em 2009. Quando marcou o segundo gol, fez questão de mandar um recado e citar o nome de Uberaba na comemoração. No vestiário, pediu e ouviu a narração de seus gols decisivos pelo “bate forte” Nelcy Romão.
 · No mínimo, a Comissão de Arbitragem da Federação Mineira cometeu um equívoco, ao incluir no sorteio o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, embora seja ele o melhorzinho de todos. Ribeiro está se formando em Direito e pediu licença para cuidar de uma monografia, portanto, não apitava há várias rodadas. Na parte física até que esteve bem, acompanhando os lances de perto, mas quanto à técnica de interpretação dos lances foi um fracasso total, sempre decidindo contra o mais fraco, Ipatinga, a favor do poderoso Cruzeiro.
· Temos dito aqui, também em outros órgãos onde trabalhamos, que o Ipatinga é o único time do interior, capaz de derrotar os dois grandes da capital em confrontos diretos neste Campeonato Mineiro. O Cruzeiro, que conhece a fundo a estrutura do Tigre e o trabalho desenvolvido no clube, com o qual mantém um estreito relacionamento de amizade e cooperação, nunca poderia ter agido com menosprezo, pelo contrário, deveria ter se precavido com vários antídotos contra o veneno da cobra que ele mesmo ajudou a criar.

· O presidente do Galo, Alexandre Kalil, condenou em seu twitter, até de forma exagerada, a arbitragem no jogo de domingo, usando expressões como “bandidos”, “bandidagem”, etc, coisa e tal. As palavras mais duras foram postadas no intervalo, quando o Cruzeiro tinha sido beneficiado em pelo menos três lances capitais, que influenciaram no resultado de 0 a 0.

· Kalil certamente não contava com a reação do Ipatinga na segunda etapa, superando o adversário, além da arbitragem. Se soubesse, não teria escrito nada, para não ficar agora com a obrigação de apoiar a diretoria do Tigre, na sua luta pela escalação de árbitros de outros estados nas finais, sobretudo porque nesse meio do futebol, pimenta nos olhos dos outros é refresco. (Fecha o pano!)

E-mail: bolaarea@yahoo.com.br

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