Maria Aparecida Liberato Anastácio de Souza completaria amanhã 39 anos. Mas, ela foi morta antes de poder comemorar o aniversário. Mário Anastácio de Souza, 58, com quem ela mantinha um casamento há cinco anos, chegou em casa nesta quarta-feira (21) acusando a mulher de traição. O casal discutiu, Maria desmentiu a traição e Mário tentou beijá-la e acariciá-la. Maria se recusou a receber as carícias do marido e foi agredida na cabeça com um objeto ainda não identificado.
As pancadas foram tão fortes que ela sofreu traumatismo craniano. Maria chegou a ser socorrida com vida. Logo depois de tentar matar a mulher, Mário ligou para uma amiga de Maria, conhecida como 'Nem' e alegou que ela tinha caído no banheiro. 'Nem', ao chegar à casa do casal chamou a ambulância e, por sua vez, os condutores da ambulância chamaram a polícia.
VIOLÊNCIA E SEXO
O cabo Ivanildo, da Polícia Militar, foi quem prestou o socorro a Maria Aparecida, levando-a para um posto de saúde. No caminho ela contou ao Cabo Ivanildo que o marido chegou em casa, houve discussão e ele a agrediu. Ainda segundo relatos de Maria ao policial, depois de já estar ferida, Mário a violentou sexualmente.
O caso, que no boletim de ocorrência era tratado como uma lesão corporal, já que a polícia deixou Maria com vida no posto de saúde, é visto pela Delegada de Mulheres Renata Rezende como homicídio, combinado com infração à Lei Maria da Penha. "Para mim é muito claro que ele a agrediu com a intenção de matar. Ninguém agride a pessoa com pancadas de objetos duros na cabeça, senão com o intuito de matar. Ainda não temos os resultados dos exames atestando que ela foi agredida sexualmente, mas assim que tivermos esta confirmação o caso será tratado como estupro seguido de morte", explica a delegada.
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