Grande jogo
Grande jogo neste primeiro confronto entre Galo e Tigre no Ipatingão. O placar de 3 a 2 favorável ao Galo poderia ter sido até maior (5 a 4 ou 6 a 5), não fosse o grande número de chances desperdiçadas dos dois lados, bem como as defesas milagrosas dos goleiros Aranha e Douglas, que estiveram muito bem.
O Ipatinga provou para os incrédulos, desavisados ou desinformados, o que já dissemos aqui inúmeras vezes: é o único time do interior, um time grande do interior se assim podemos chamar, com estatura suficiente para encarar de igual para igual, qualquer um dos dois “gigantes” da capital, mesmo estando desfalcado da maioria, sete de seus titulares mais importantes, a saber: Márcio Alemão, Thiago Mathias, Jailton, Max Carrasco, Jajá, Amilton e Alessandro.
Outro capítulo à parte foi a arbitragem do paulista Sálvio Espínola, que veio claramente com o intuito de administrar o jogo na parte disciplinar e deixou de dar inúmeros cartões, para não tirar da segunda e decisiva partida, domingo que vem no Mineirão, um grande número de jogadores.
Mesmo assim, conseguiu levar o jogo até o final, sem maiores atropelos, ficando claro o acerto do presidente Itair Machado, ao não ceder e resistir até o fim, mesmo sem contar com o apoio da diretoria do Galo, contra a indicação de árbitros mineiros nesta final, por conta do desempenho ruim que tiveram ao longo da competição.
· A torcida do Vale do Aço mais uma vez deu um show, antes, durante e depois da partida, sem nenhum registro de incidente grave pela Polícia Militar, que esteve atenta a todos os movimentos. Quando o ambiente é de paz, civilidade, educação, não há espaço para vandalismo e aqueles engraçadinhos de torcidas organizadas da capital, que gostam de aprontar e criar confusão, tiveram de se contentar apenas em torcer pelo time do coração. A presença ostensiva da PM em todos os pontos dentro e fora do estádio foi também fundamental para a manutenção da tranqüilidade, pois acabou com a sensação de impunidade, a causa maior da violência.
· Lamentável a prisão de várias pessoas com centenas de ingressos falsos. Também pudera: em pleno século XXI, internet, etc, coisa e tal, a Federação Mineira põe à venda ingressos de papel, uma verdadeira têta para os falsários, que deitaram e rolaram. Talvez isso explique o público presente no estádio, muito superior aos 12 mil permitidos e anunciados. Por baixo, por baixo mesmo, havia no mínimo 18 mil pessoas presentes neste domingo no Ipatingão.
· Independente do que acontecer na segunda e decisiva partida domingo no Mineirão, o torcedor ipatinguense deve se orgulhar desta equipe, que embora tenha enfrentado todos os problemas já conhecidos de contusões e suspensões, está brigando com dignidade até o fim pelo título, contra um dos principais times do país. Só de ter quebrado o monopólio da final, normalmente uma disputa particular entre Galo e Cruzeiro, já faz por merecer o nosso aplauso.
· Suspense total na China Azul: o Professor Pardal treinou a equipe ontem na Toca II sem goleiro. (Fecha o pano!)
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