28/04/2010 - Quarta-Feira – Fernando Rocha
Maior desafio
É claro que a ausência de Neymar é muito favorável ao Galo, nesta primeira parte da disputa de 180 minutos contra o Santos, que vai alçar um deles à semi-final da Copa do Brasil, competição chamada de “atalho” para se chegar à Copa Libertadores, sonho de consumo da maioria dos grandes clubes brasileiros.
Assistí pela TV este time do Santos jogar várias vezes, não só por força de ofício, mas por admirar o futebol, não como uma guerra, uma questão de vida ou morte, mas sim como uma arte, que deve nos proporcionar prazer, encantamento, ao invés de chateação e perda de tempo.
Esta “meninada” do Santos, cuja média de gols por partida atingiu este ano 3,44 (96 gols em 28 jogos), tornando-se a segunda maior do planeta, só perdendo para o Ajax, vice-líder do campeonato da Holanda, média de 3,09, porém, assinalados em apenas 34 jogos, não joga únicamente em função de Neymar, mas, sim, coletivamente, aproveitando a grande habilidade e velocidade de Ganso, Wesley , Robinho e Cia.
É fato, também, que outros times, até bem melhores e mais amadurecidos, como a Holanda de Cruyff em 1974, que impressionou o mundo com um esquema revolucionário, inédito, onde ninguém guardava posições, fazendo um rodízio fantástico, quase imarcável, acabou ficando no “quase”.
Na grande final daquela copa disputada na Alemanha, o time da casa, que também possuía jogadores de altíssimo nível como Franz Beckenbauer, só para citar um deles, parou a “laranja mecânica”, sem violência, com uma marcação eficiente, encurtando todos os espaços e não permitindo sua evolução em altíssima velocidade, como fazem os meninos do Santos.
* Então, para tentar alguma coisa no grande desafio deste início de temporada no Galo, penso que Vanderlei Luxemburgo deverá seguir o mesmo caminho dos alemães na Copa de 74, escalando um time bem fechado, com três zagueiros, uma linha de cinco jogadores no meio, com a missão de fechar e encurtar os espaços, neutralizando as saídas em velocidade dos santistas, apostando na velocidade de Tardelli e Muriqui, nos contra-ataques. Salvo alguma outra surpresa de última hora , - não é à toa que Luxa é considerado o melhor técnico de futebol do país -, será este o panorama do jogo.
* Deu ontem na prestigiada coluna de Renato Maurício Prado, em “O Globo”: “A maior preocupação de Patrícia Amorim, no momento, é encontrar um profissional para dirigir todo o departamento de futebol. O nome de Leonardo tem apelo, pelo passado no clube e pela experiência no Milan, mas são bem mais palpáveis as chances de Eduardo Maluf, há 12 anos o homem-forte do Cruzeiro. Caberia a ele escolher o futuro treinador”.
* Hoje, a Rádio Vanguarda AM completa 28 anos de fundação. Tenho orgulho de pertencer e de ser o mais antigo funcionário de seu quadro em atividade, já que fui admitido na emissora para trabalhar como redator no Departamento de Jornalismo, em novembro de 1981, antes mesmo de sua inauguração oficial.
* Segundo dados da última pesquisa do IBOPE, a Vanguarda é líder no Vale do Aço com 44,8% da preferência dos ouvintes, contra 32,8% da segunda e 21,2% da terceira colocada. Em Ipatinga, a emissora tem 69% da preferência dos ouvintes, cinco vezes mais que a segunda colocada. A meu juízo, posso afirmar, sem medo de errar, que o Vale do Aço deve se sentir orgulhoso do trabalho desenvolvido, ao longo de todos esses anos, pela Rádio Vanguarda, muito acima da média em qualidade, do patamar em que se encontra hoje, o nível da radiofonia por estes nossos grotões do interior. (Fecha o pano!)
E-mail: bolaarea@yahoo.com.br
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