21 de abr. de 2010

Hospital Siderúrgica enfrenta nova crise

Um dos mais tradicionais complexos de saúde do Vale do Aço, inaugurado há nada menos que 74 anos, na cidade de Coronel Fabriciano, o Hospital Siderúrgica comunicou aos funcionários em reunião interna, na ultima quinta-feira (15), um novo estágio de dificuldades financeiras, que impede a administração de quitar a folha de pagamento atrasada.

A unidade hospitalar situada no Bairro Santa Helena possui cerca de 240 funcionários, e atende por mês uma média de 5 mil pacientes. Desse total, 80% se referem a convênio com o SUS – Sistema Único de Saúde.

Informações extraoficiais dão conta de que na reunião de quinta um grupo de médicos teria feito uma proposta para a compra do estabelecimento. Contudo, não foram divulgados valores da oferta e nem mesmo da dívida do hospital, que nos últimos meses vinha recebendo aportes de recursos estaduais para manter as suas portas abertas, diante da ameaça iminente de falência, declarada ainda em março de 2009. O fechamento do hospital traria problemas não só para Coronel Fabriciano, mas para vários municípios vizinhos que recorrem ao pronto-atendimento, principalmente os do Colar Metropolitano da Região do Vale do Aço, os quais já sofrem com a carência de leitos hospitalares.

A Administração Municipal já foi avisada da complicada situação do Siderúrgica. Porém, a Prefeitura alega não dispor de orçamento para assumir a administração.

Uma das possibilidades ventiladas nos corredores da unidade hospitalar para amortecer as dívidas seria a obtenção de um certificado de “Instituição Filantrópica”, concedido pelo governo federal, que poderia gerar uma economia anual de R$ 100 mil em impostos.

O Siderúrgica foi inaugurado no ano de 1936, com o objetivo principal de conter uma epidemia de Febre Amarela que avançava pelo Leste mineiro, sendo assim um dos hospitais mais antigos do estado de Minas Gerais.

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