25 de abr. de 2010

Jovem é morto com tiro no rosto

Com um tiro à queima-roupa no rosto, o ajudante de pedreiro Farlei Damasceno de Oliveira, de 23 anos, foi assassinado no início da madrugada deste sábado (24), na esquina da Avenida Minas Gerais com Rua Brasília, no centro de Santana do Paraíso. Um dos primos da vítima, Valter Damasceno Simião, 22, também foi baleado, mas acabou socorrido ao Hospital Márcio Cunha (HMC) e passa bem. Até o fechamento desta edição, os responsáveis pelo crime não haviam sido localizados. Farlei, que foi morto a 100 metros da casa onde morava, era suspeito de um homicídio e pode ter sido morto em uma vingança. 

Testemunhas contaram à Polícia Militar que o assassino chegou perto de um grupo de pessoas onde os primos estavam e, sem pronunciar uma palavra, disparou contra Farlei, atirando em Valter em seguida. Quando o socorro do Corpo de Bombeiros chegou ao local do crime, o primeiro já estava morto. Valter foi atingido no braço esquerdo e recebeu alta do HMC ainda neste sábado.
Ainda de acordo com as testemunhas, depois de alvejado no rosto, Farlei ainda conseguiu dar alguns passos, mas caiu no asfalto sem vida. O perito Izaque Vasconcelos, da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) de Ipatinga, foi quem analisou o local do crime, recolheu o aparelho celular da vítima e o apreendeu como prova. O homicida é de estatura mediana e têm cabelos pretos. 

Assassinato 
O jornal VALE DO AÇO conversou com pai de Farlei, José Damasceno. Ele admitiu que o filho era suspeito de um assassinato e revelou que ele pode ter sido morto pelo irmão do homem que era acusado de ter matado. “Ele saiu de casa por volta das 19 horas para ir à rua, dizendo que não ia demorar e voltar para casa rápido. Só que ele foi numa festa, voltou e parou na esquina para comer churrasco com os amigos. O cara veio procurando meu filho na nossa rua, não o encontrou, mas o achou na esquina e atirou nele”, descreveu.

Segundo José, Farlei não comentou que estava sendo ameaçado. “Vamos esperar para ver o que a Justiça pode fazer. O que eu não quero para os meus filhos, eu não quero para ninguém de fora. Quero que esse assassino procure Jesus, pare de cometer esses crimes e seja uma pessoa boa. Quando o Farlei matou o irmão dele, fiquei sabendo que ele ameaçou que ia matar a família toda. Falaram comigo: ‘Vende sua casa e muda daí’. Só que Deus sabe o que faz. Eu não vou mudar aqui de Santana do Paraíso. Sou uma pessoa criada aqui e não posso mudar por causa de um problema”, disse, acrescentando: “Meu filho não ficou preso pelo assassinato que cometeu porque arrumei um advogado para ele. O juiz mandou uma carta, para que ele comparecesse ao fórum. Ele estava em dia com a Justiça, eu estava arrumando um serviço pra ele em São Paulo, mas tínhamos que esperar tudo se resolver aqui primeiro”.

Mãe 
A mãe de Farlei, Maria de Fátima Damasceno, também falou sobre o crime. “Meu filho sempre falava que os ‘caras’ iam vingar dele ou da família. Esses ‘caras’ falaram que, se não matassem ele, iriam vingar de nós. O que estou passando, não quero que nenhuma mãe passe. Essa pessoa que Farlei matou o ‘colocou ele pra correr’ de um campo. Nesse dia, meu filho estava com a esposa e esse cara chegou a passar a mão na bunda dela, xingou Farlei de safado e sem vergonha, aí ele foi e atirou nele”, comentou.
O corpo de Farlei foi velado na Rua Santa Margarida, 210, centro de Paraíso. Ele será sepultado neste domingo (25). 

Testemunha  
Uma testemunha que preferiu não se identificar presenciou a ação do homicida e contou como tudo aconteceu. “Ele já chegou atirando. Estava cheio de gente no local e nem se preocupou com isso. Tinha outro rapaz perto que ele também queria matar, mas não conseguiu. O assassino disse que mataria duas pessoas, pois iria vingar a morte do irmão. Ele fugiu a pé”, revelou.

Assassinato em maio de 2009
Farlei era suspeito de assassinar o eletricista Mastroiane Alberto Souza Gomes, o “Mastrô”, 30, no dia 17 de maio de 2009. No dia do crime, a Polícia Militar apurou que o assassinato teria sido praticado por um motivo extremamente fútil. Nas proximidades de um campo de futebol, no Residencial Paraíso, a namorada de Farlei teria feito elogios a Mastroiane, dizendo que ele era bonito. Os dois também teriam trocado olhares. Farlei teria ficado furioso e enciumado com o fato. Daí teria decidido matar o eletricista. 

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