24 de mai. de 2010

Violência cai 64% com câmeras de vigilância em Ipatinga


Depois de instalar câmeras de vigilância no centro comercial da cidade, a Polícia Militar e a Prefeitura de Ipatinga, no Vale do Aço,  agora vão levar a novidade para os bairros. A previsão é de que, até o início do mês que vem, 21 novos aparelhos estejam instalados em 13 áreas, definidas a partir de estudos sobre incidência de crimes e de aglomeração de pessoas. Essa é a segunda etapa do projeto Olho Vivo . Na área central, onde 18 câmeras estão funcionando desde dezembro, houve uma redução de 64% nos crimes violentos em abril segundo dados da PM. Na semana passada, quatro pessoas que vendiam drogas na área central de Ipatinga foram flagradas pelas câmaras e acabaram presas.
A previsão era de que o aparato tecnológico nos bairros entrasse em operação ainda esse mês, quando também seria inaugurada uma central de monitoramento da polícia, numa sala anexa ao prédio da prefeitura, onde o sistema será operado. Porém, a com a eleição extemporânea, marcada para o fim do mês, as câmeras devem funcionar apenas no início de junho. “Comparando o registro estatístico da área central, de dezembro a abril, com os anos anteriores, tivemos uma redução significativa de 50% no índice de crimes violentos, passando de 39 para 18 no atual período. Temos convicção de que houve significativa influência do Olho Vivo para que essa marca fosse alcançada. Tão logo a central de monitoramento esteja em 100% de atividade, teremos uma ferramenta ainda melhor na prevenção criminal”, informou o capitão Luiz Carlos Ribeiro Magalhães, do 14º Batalhão da PM.
A implantação do projeto está orçada em R$ 10,5 milhões num contrato de quatro anos firmado com a Fundação Guimarães Rosa, ligada à Polícia Militar e à Secretaria de Estado de Defesa Social. No Vale do Aço a fundação receberá cerca de R$ 216 mil por mês para manter o sistema, que será operado pela PM.
As imagens captadas em tempo real serão acompanhadas por um policial em uma central, que funcionará, provisoriamente na prefeitura.
Quando à central de monitoramento for inaugurada, toda operação deve se concentrar no espaço, que terá seis monitores ligados 24 horas e equipados com servidores de alta capacidade de processamento e gravadores sem fio. “É uma ferramenta que vai ajudar a combater crimes, como arrombamentos, assaltos e tráfico de drogas”, disse o capitão Luíz Magalhães.
Além da polícia, as imagens vão ficar disponíveis para o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Departamento de Trânsito e Transporte e Vigilância Sanitária. Os registros só serão disponibilizados à população mediante autorização judicial. Mais de 200 câmeras fixas serão colocadas em escolas, unidades de saúde, hospitais e outros prédios públicos de Ipatinga.

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