24 de mai. de 2010

Greve dos professores chega a 46 dias


A greve dos professores da rede estadual completa hoje 46 dias. Sem previsão de fim do movimento, o governo de Minas prepara a contratação de substitutos. Os professores estão em greve porque reivindicam o pagamento do piso salarial nacional da educação (R$ 1.312,85), que o governo de Minas Alega não ter condições de pagar.
De acordo com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, se na próxima assembleia, marcada para esta terça-feira (25), a categoria decidir por continuar a paralisação, novos profissionais vão começar a trabalhar no lugar dos grevistas. Mas isso não implicará demissões, segundo ela.
"Minha expectativa é que a decisão seja pelo fim do movimento, mas, se a greve não acabar, o governo não pode ficar de braços cruzados. Vamos contratar profissionais para que as escolas possam voltar ao funcionamento normal. Os nossos alunos não podem continuar sendo prejudicados", disse ontem a secretária.
Renata enfatizou que as demissões continuam fora dos planos do governo. Ela explicou que as substituições, se forem concretizadas, vão auxiliar na reposição das aulas. Por causa da greve os alunos da rede estadual ficaram sem o recesso de julho, quando normalmente as aulas param por 15 dias.
As negociações foram retomadas depois que Renata Vilhena se reuniu com representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) na última sexta-feira. Uma nova reunião entre as partes foi marcada para esta segunda-feira, na tentativa de acertar todos os detalhes da proposta do governo, que será apresentada aos professores na assembleia de terça-feira.
Impasses marcaram a última votação da categoria, ocorrida no dia 18 de maio. O governo acusou o Sind-UTE/MG de não ter apresentado aos professores que participaram da assembleia a proposta que atendia parte das reivindicações.
Já o sindicato afirmou que a primeira proposta, encaminhada pouco antes das 13h, foi, sim, votada - mas que não atendia às reivindicações e, por isso, foi reprovada.

Protestos

Ainda que isoladamente, estudantes principalmente do terceiro ano do ensino médio, têm manifestado sua preocupação com a greve. Quem está em fase de conclusão do ensino está preocupado em ter que dividir no fim do ano as preocupações com a reposição de aulas, atraso no ensino para provas do Enem  e vestibulares.
Em vários municípios têm havido protestos. Em Contagem, por exemplo, estudantes fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (24) pedindo o fim da greve dos professores.   E, no Vale do Aço, algumas escolas da rede estadual, que estavam totalmente paralisadas, retomam as aulas parcilmente.

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