28 de mai. de 2010

Estado faz oferta, mas Múnicípio descarta administrar Siderúrgica

I003487 O Hospital Siderúrgica se arrasta em uma crise financeira ainda sem definição quanto ao seu desfecho, o que agrava a cada dia a situação da saúde no município e na região. Recentemente, o prefeito Chico Simões participou de uma reunião na Secretaria de Estado de Saúde, na qual o Estado teria feito uma proposta para repassar a gestão do hospital para o município.

Chico Simões disse que poderia assumir apenas a gestão administrativa, mas desde que a Secretaria de Estado de Saúde se responsabilizasse por manter as despesas da unidade. “Não temos recursos suficientes para administrar (o Siderúrgica)”, afirma.

A Associação Beneficente de Saúde São Sebastião, mantenedora do Hospital Siderúrgica desde 2007, confirmou no mês passado a crise financeira que ameaça o hospital de falência. A dívida gira em torno de R$ 8 milhões e inclui inadimplências com funcionários, prestadores de serviços, fornecedores e médicos.

Como já divulgou o DIÁRIO DO AÇO, o hospital perdeu 90% dos médicos, impossibilitando o atendimento do Pronto-Socorro, e atinge os hospitais das cidades vizinhas pelo Sistema Único de Saúde. A administração do Hospital Siderúrgica só se manifesta por meio de notas. A Gerência Regional de Saúde também se nega a dar qualquer declaração até que uma solução oficial seja negociada.

Comissão discute crise do hospital

A Comissão de Saúde da Câmara Municipal, formada pelos vereadores Wailson Lima (PR), Luciano Lugão (PSB) e Marcos da Luz (PT), se reuniu ontem com a diretoria do Hospital Siderúrgica. O objetivo foi avaliar os efeitos e as consequências da crise financeira em que se encontra a instituição, única que atende pelo SUS na cidade.

Caso o Siderúrgica encerre suas atividades definitivamente, toda a população de Fabriciano e também os pacientes de outras cidades ficariam sem os serviços prestados pelo SUS. O possível fechamento da unidade, fundada na década de 40, significa um sério problema para a saúde pública de todo o Vale do Aço.

Segundo o artigo 63 do Regimento Interno da Câmara, compete à Comissão de Saúde opinar sobre todos os assuntos que envolvam o tema, bem como acompanhar os investimentos na área.

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