27 de mai. de 2010

O Comentário de Fernando Rocha – opinião com credibilidade

A bulha

fernando Ontem falei sobre esta supervalorização do treinador no contexto do futebol de hoje, dito moderno. Pois então, depois da sexta derrota consecutiva, a quarta desde a estréia na Série B do Brasileiro, o que se discute aqui nestes grotões é se o Tigre deve ou não dispensar o técnico Gilson Kleina, que até um mês atrás era festejado como um destes salvadores da pátria, por ter levado o Ipatinga ao vice-campeonato estadual.

Posso estar enganado, mas o teinador-professor-doutor não é o principal culpado pela queda de produção após a boa campanha no Mineiro, pois salta aos olhos a falta de qualidade de alguns recém-contratados, as eternas contusões de alguns titulares, a má fase e a indisciplina de outros, o que somado deu nisso aí.

Já me disseram que o “professor” é muito “gente boa”, dá idéia prá todos sem discriminar ninguém e fala a mesma língua da boleirada, mas... e daí? Há algo errado e só ele, o “professor”, poderá resolver juntamente com os jogadores, já que há boatos sobre “racha” ou divisão do grupo.

Essa bulha em que se meteu o Tigre não me parece muito simples de resolver, portanto, vou levar comigo esta curiosidade até o jogo de sábado contra o América, uma equipe inferior técnicamente, mas que vem conseguindo superar as suas deficiências com trabalho, união e muita dedicação dos seus jogadores, ingredientes básicos para o sucesso de qualquer equipe.

· Os pouco mais de 600 pagantes que foram ao Ipatingão na noite de anteontem, vaiaram o time, só aliviando a barra do goleiro Douglas, o zagueiro Márcio Alemão e o atacante Danilo. Totalmente fora de forma, tendo falhado no primeiro gol do Asa, mesmo assim, Alemão possui muito cartaz com a torcida, pois demonstra raça e amor à camisa. Sem papas na língua, na entrevista-coletiva após o jogo, o zagueiro revelou sentir “vergonha” desta situação, pois os pagamentos estão religiosamente em dia e tudo o que foi combinado “está sendo cumprido à risca”.

  • O técnico do Asa de Arapiraca, interior de Alagoas, o ex-zagueiro do Fluminense, Vica, está no cargo há cerca de três anos, certamente um recordista em longevidade no cargo neste futebol brasileiro, onde a cultura é o treinador ser a bola da vez sempre que os resultados não aparecem. Em entrevista à Rádio Vanguarda, Vica disse que o Asa sobrevive graças a uma “ajuda” mensal de R$ 75 mil da Prefeitura, mais outra quantia igual repassada pelo governo alagoano e da contribuição de empresários. O objetivo do Asa, que subiu este ano da Série C, é permanecer na B e nada mais.
  • Nas livrarias, desde o mês passado, pela Maquinária Editora, 128 páginas, R$30, o livro “Trocando os pés pelas mãos”, contando a vida do ex-craque Tostão, atualmente o mais respeitado e o melhor colunista esportivo do Brasil. Um texto bem pesquisado e contado por Gilson Yoshioka, que demonstra muita sensibilidade sobre um dos maiores jogadores da história do futebol mundial e leitura obrigatória para quem gosta ou é do ramo.
  • A janela para venda de nossos “pés-de-obras” nem foi aberta e os cartolas já esfregam as mãos, na expectativa de realizarem bons negócios. Os Perrelas, como sempre, são os primeiros na corrida para vender seus principais jogadores e já colocam na fila Kléber, Leonardo Silva e o goleiro Fábio. Mais comedido, o presidente do Galo, Alexandre Kalil, trata de preparar o espírito da torcida, que deve ficar sem o ídolo Diego Tardelli no segundo semestre. Este sim, é o verdadeiro saco de maldades aberto para atazanar a vida do pobre e sofrido torcedor.
  • CHARADA DA SEMANA:esnobou o América-MG, caiu em casa e agora é o gato de armazém do Tigre. A resposta sai depois do jogo com o mesmo América, sábado à noite, no Mineirão. (Fecha o pano!).

E-mail: bolaarea@yahoo.com.br

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