25 de mai. de 2010

mn_Ifa6UUntitled-1 NAQUE – A polícia ainda não tem pistas que indiquem a autoria do assassinato da aposentada Rosalina de Jesus, de 77 anos. Ela morreu de forma misteriosa em casa, na Rua Santa Isabel, em Naque, na noite deste domingo (23). Rosalina residia num local conhecido como “Morro do Cemitério” e perdeu a vida depois de receber um golpe – possivelmente de uma faca – no pescoço. O local do crime foi analisado pela perita Laudiene Viana, que liberou a remoção do cadáver para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga. A polícia investiga se aposentada foi morta em um latrocínio, conforme garantem familiares.
De acordo com a Polícia Militar, a idosa foi encontrada deitada na cozinha, ferida e agonizando. Ela foi carregada para uma cama, aonde os policias a encontraram já sem vida. Testemunhas não souberam informar o que teria acontecido, dizendo que apenas viram uma pessoa correndo em direção a um pasto. Segundo familiares, nada foi roubado da residência da aposentada.
Com auxílio da PM do Distrito de Perpétuo do Socorro (Cachoeira Escura), em Belo Oriente, policiais militares de Naque desencadearam uma operação no município para tentar localizar o homicida e conseguir informações, mas nada de relevante foi descoberto. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.
Filha e genro
Maria da Conceição, uma das filhas de Rosalina, conversou com o jornal VALE DO AÇO. Na companhia do marido, João Diogo Miranda, ela falou como foram os momentos que antecederam a morte da mãe. “Ela esteve aqui em casa, conversou comigo e me perguntou se eu ia à igreja. Eu disse que sim e minha mãe falou: ‘Cuidado’. Eu comentei: ‘Não se preocupe mãe, eu estou indo, mas a senhora não vai ficar sozinha. O João vai ficar com a senhora’. Saí e fui pra igreja. Quando voltei, eles estavam matando ela”, comentou, lembrando que reside ao lado da casa em que a mãe morava.
Para a PM, Maria da Conceição e João Diogo teriam relatado que nada foi roubado da casa de Rosalina. Mas, na manhã desta segunda-feira (23), a filha da aposentada não teve dúvidas: “Acho que a mataram para roubar. Já vinham roubando dela há oito meses. Roubavam todo o pagamento da minha mãe. Eu vi uma pessoa só. A arma usada no crime é o facão dela”, revelou, alegando que Rosalina chegou a acionar a PM para relatar que seu salário estava sendo levado por bandidos.
Maria da Conceição contou que chegou a ver a mãe agonizando. “Ela estava morrendo quando eu entrei na cozinha. Gritei meu esposo e falei: ‘João, acode a minha mãe’. Ela passou a mão no pescoço, que estava cheio de sangue, e passou em mim. Minha filha saiu correndo, abraçou minha mãe e me disse: ‘Corre mãe, busca um carro no posto que a avó ainda está viva’. Foi na hora que o pescoço dela caiu pra trás”, descreveu.
O marido de Maria da Conceição, João Diogo, também falou sobre o ocorrido. “A casa está lacrada, pois a polícia deverá voltar pra fazer uma vistoria. O assassino fugiu por um lugar que é muito escuro e não foi possível vê-lo. Não desconfiamos de ninguém. Lembro que minha sogra era muito rigorosa, não deixava ferramentas no terreiro. Se tivesse alguma porta aberta aqui em casa, ela vinha e pedia pra gente fechar. Quando a pegaram, foi de surpresa. Não sei como aconteceu”, resumiu. 

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