28 de mai. de 2010

O Comentário de Fernando Rocha – opinião com credibilidade

fernando Um time

Esta semana falei muito aqui na coluna e nos meus comentários lá na Vanguarda, sobre o técnico-professor-doutor, aquele que hoje comanda os times de futebol e está supervalorizado, ganhando milhares e às vezes milhões de reais, de acordo com o potencial da equipe que dirige, manda prender e manda soltar como um delegado, mas tem um pé na cova quando o assunto é a estabilidade no emprego,ficando na dependência únicamente dos resultados da equipe dentro de campo.

É assim que Gilson Kleina foi parar na marca do pênalti, depois de seis derrotas consecutivas no comando do Tigre, pois se perder hoje no Mineirão para o América, dificilmente continuará no cargo.

Em meio a tudo isso, não posso deixar fazer uma comparação, por mais esdrúxula e descabida que possa parecer: o português Mourinho, por exemplo, ganhou a Liga Européia com a Inter de Milão, onde 90% do elenco veste a camisa de alguma seleção pelo mundo afora. Imaginemos então o José Mourinho sendo contratado para o lugar do Kleina.

Resumo da ópera: não há técnico sem time, portanto, além de pensar em contratar um técnico novo, diretoria deve sobretudo ir pensando em recuperar os contundidos, controlar o ego inflado, a cabeça quente, a indisciplina dentro e fora de campo, além de ir ao mercado em busca de alguns “reforços”, não apenas contratar para compor o grupo, e sim de fato montar um elenco, para aí sim, ter um time de futebol competitivo. E aí terá, lampeiro e pimpão, um técnico-professor-doutor como manda o figurino.

· A bronca da torcida do Cruzeiro com a diretoria é por conta da possível saída ou venda do goleiro Fábio, que personifica o tipo de profissional competente, bem comportado, aquele genro que todo pai gostaria de ter para casar com a sua filha. Na última janela de vendas para o exterior, as propostas surgidas para tirá-lo do Cruzeiro além de poucas, foram consideradas baixas pelos dois lados, por isso não foi embora mais cedo.

· Com a torcida ainda de cabeça quente pelas perdas do título estadual, cujo impacto negativo aumentou após a eliminação na Libertadores, se passar o goleiro na “la platita” e vier uma fase de resultados ruins no Brasileiro, o presidente Zezé Perrela corre o risco de não se eleger até para síndico do prédio onde mora.

· Desde 1969, quando fui pela primeira vez ao Mineirão, aos dez anos de idade, levado pelo meu saudoso pai, que tenho visto goleiros bons e ruins vestir a camisa do Galo. Mas, sinceramente, não me lembro de uma safra pior do que esta aí.

· Meninos, eu ví jogar, com estes olhos que a terra há de comer um dia, Mazurkiewcz, Renato, João Leite, Tafarel, Carlos, Veloso, Bruno , etc, coisa e tal, mas também vi algumas barangas, tais como Mussula, Hélio, Pereira, Édson, Danrlei, Juninho e outros, que considero ainda melhores do que este uruguaio Carini, além do inseguro Aranha e o trapalhão Marcelo.

· Nem os melhores times do futebol brasileiro em suas épocas, - o Vasco dos anos 50, Santos de Pelé e Cruzeiro de Tostão nos anos 60, a academia do Palmeiras na década de 70, a máquina tricolor do Fluminense nos anos 80 -, conseguiriam sucesso se tivessem goleiros tão ruins como esses do Galo.

  • “Ele (Luxemburgo) sabe tudo. E eu sempre ganho dele. Ele gosta de contar história que dá certo. Adivinha o pensamento dos outros. É um fora de série. Imagina o que vai acontecer. Deveria jogar na loteria." Muricy Ramalho, no DVD do hexacampeonato do São Paulo. Agora dirigindo o Fluminense, Muricy vai encarar o Luxa outra vez amanhã no Mineirão. (Fecha o pano!)

E-mail: bolaarea@yahoo.com.br

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