16 de ago. de 2010

Hyundai prepara chegada do Sonata de olho no custo/benefício

 

   

 

12-08-10) - A Hyundai traça uma estratégia bastante singular no mercado brasileiro e bem típica das marcas sul-coreanas. Por aqui, a montadora lança automóveis de passeio com custo/benefício agressivo para atuar em segmentos inferiores em relação às suas dimensões. Um exemplo é a nova geração do Sonata, que fará sua estreia oficial no Salão de São Paulo, em outubro. O modelo tem dimensões de um médio-grande, mas vai chegar para brigar com os sedãs médios. Uma lógica seguida à risca, por exemplo, pelo Azera, um modelo grande que, pelo preço, duela com médio-grandes. E o Sonata ainda vai chegar com um apelo de um design arrojado para os padrões do segmento e com um conjunto mecânico moderno.
O Sonata, na verdade, volta ao país, onde foi vendido no fim da década de 90 e início dos anos 2000. Mas regressa bastante diferente. Nas dimensões, mostra que quer ser maior e ter preço menor. Tem 4,82 metros de comprimento, 1,83 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,79 metros de entre-eixos. E deve custar entre R$ 65 mil e R$ 85 mil. Na comparação com os líderes do segmento de sedãs médios, por exemplo, fica próximo ao Toyota Corolla – R$ 62.110 a R$ 88.250 – e ao Honda Civic – R$ 68.150 a R$ 88.750. Além disso, ambos são menores que o Sonata. O exemplar da Toyota tem 4,54 metros de comprimento e 2,61 metros de entre-eixos, enquanto o rival da Honda possui respectivos 4,49 metros e 2,70 metros.
O modelo também vai levar vantagem no conjunto mecânico. O novo Sonata será importado inicialmente na configuração com o motor 2.4 16V, que também segue a lógica da marca de trazer modelos com propulsores que servem a diferentes linhas. A unidade também equipa a versão top do recém-lançado utilitário esportivo ix35. Nos Estados Unidos, o propulsor do Sonata gera 190 cv de potência a 6.300 rpm e torque máximo de 25,4 kgfm a 4.200 giros, enquanto o SUV vendido por aqui produz 179 cv e 23,1 kgfm. A versão deve usar um novo câmbio automático de seis velocidades. Nesta configuração, o Sonata será vendido entre R$ 78 mil e R$ 85 mil para brigar com as configurações tops dos outros sedãs médios. Já a versão com motor 2.0 16V de 168 cv deve ficar para o ano que vem.
No design, o sedã também está muito mudado. Segue as tendências mais ousadas da Hyundai, com abuso de músculos em contraste com elementos bem definidos. Na frente, por exemplo, o conjunto ótico anguloso mescla um corte seco na extremidade interna com o capô e contornos arredondados e irregulares. O capô protuberante tem saliências nas extremidades e ao centro que se confundem com a grade trapezoidal com barras cromadas e o "H" estilizado da logomarca do fabricante. O para-choque e a saia dianteiras são repletos de músculos que combinam com as luzes de neblina, com as lentes dos faróis principais e com a própria grade frontal.
De perfil, o sedã médio-grande exibe um estilo igualmente anguloso. A linha de cintura elevada contrasta com um vinco em cunha que corta as maçanetas. O teto tem caimento sutil na terceira coluna e abre espaço para uma espia triangular. Na traseira, a Hyundai recorreu a soluções já encontradas em outros sedãs. O vidro bastante inclinado e largo encontra uma tampa do porta-malas levemente abaulada. As lanternas começam pontiagudas e estreitas na tampa, crescem e ficam mais arredondadas nas extremidades da traseira e se prolongam pelas laterais. Mais saliências na carroceria são encontradas na saia traseira, que abriga um duplo escapamento cromado.
Entre os equipamentos, o modelo vai vir em configuração única com definições típicas da marca no Brasil. A versão inicial com motor 2.4 litros chegará bem completa, com ar automático, direção eletro-hidráulica, trio, controle de cruzeiro, computador de bordo, ajustes elétricos do banco do motorista. Na parte de segurança são esperados freios com ABS e EBD e quatro airbags.
Uma configuração "completíssima" deverá receber controles eletrônicos de estabilidade e de tração e mais airbags. Tudo, é claro, com um custo/benefício para beliscar vendas no disputado nicho de sedãs médios.

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