28 de ago. de 2010

Eu quero parar!

 

Dia Nacional de Combate ao Fumo

O Estudante de Jornalismo Gederson Ferreira, 24, residente em Coronel Fabriciano, fuma há oito anos e afirmou ter tentado largar o vício várias vezes. “Já tentei parar de fumar, mas é muito difícil. É preciso contar com a ajuda das pessoas ao seu redor e, principalmente, ter muita força de vontade”, contou o fumante, lembrando que já pensou em largar o cigarro por conta dos riscos à saúde. “Eu sei que isso pode me fazer mal no futuro, mas não é fácil parar. Tentei algumas vezes e até já cheguei a parar, mas depois acabei voltando a fumar”, disse.
Esclarecimentos
No intuito de colaborar com quem deseja abandonar o cigarro, a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, disponibiliza neste sábado (28) e domingo (29), no site da Abead, um espaço para que os internautas possam enviar suas dúvidas sobre como parar de fumar. As questões serão respondidas pelos especialistas da associação via e-mail.
Além de investir em prevenção e no controle da publicidade do tabaco, é preciso estar atento à população fumante, tanto para melhorar sua qualidade de vida e saúde, como para combater o tabagismo passivo, que também é responsável por diversos malefícios, defende a Abead.
Para enviar dúvidas e buscar orientações, a Associação pede que as pessoas interessadas acessem o link http://www.abead.com.br/pare/.
Doenças
O número de mortes provocadas pelo cigarro chega a 5 milhões por ano em todo o mundo. O tabagismo, doença provocada pela dependência da nicotina, causa também 50 diferentes doenças, entre elas as cardiovasculares, respiratórias e o câncer. De acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pulmão está em terceiro lugar no ranking de incidência em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colo de útero. Estudos mostram que 95% dos cânceres de pulmão são desenvolvidos em pacientes com histórico de fumo.
Médica pneumologista destaca o perigo da exposição à fumaça
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado no dia 29 de agosto, tem o objetivo de reforçar as ações de sensibilização da população para os danos causados pelo tabaco, seja para quem fuma ou respira passivamente a fumaça de cigarros comuns, de palha, de cravo, bali hai, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilé etc.
Este ano, o tema escolhido pelo Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer (INCA) é "Ambientes 100% Livres de Fumo: um direito de todos", que visa a esclarecer a população brasileira sobre os malefícios que a fumaça ambiental do cigarro pode causar ao organismo. De acordo com a médica pneumologista Clarissa Marina Silveira, do Hospital Júlia Kubitschek, da rede Fhemig, não restam dúvidas de que o fumo passivo é prejudicial à saúde. “A exposição à fumaça ambiental dos derivados do tabaco causa doenças como problemas respiratórios, cardiovasculares, cânceres de pulmão e face, além do câncer de mama em mulheres pré-menopausa”, alerta.
Em crianças, o contato com a fumaça pode causar, inclusive, mortes prematuras, além de aumentar o risco de síndrome da morte súbita infantil, infecções respiratórias agudas, problemas de ouvido, desenvolvimento e/ou aumento da gravidade da asma. “Pais fumantes expõem os filhos à poluição tabagística ambiental (PTA) e aumentam não só o risco dessas doenças, mas também prejudicam o desenvolvimento pulmonar de seus filhos”, enfatiza a médica.
Ainda segundo ela, o tabagismo é considerando uma doença crônica. “Estudos mostram que indivíduos que deixam de fumar vivem em média 10 anos de vida a mais do que os indivíduos fumantes, e com maior qualidade de vida”, afirma.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a fumaça de tabaco é o principal agente poluidor de ambientes fechados. A pneumologista do Hospital Júlia Kubitschek reforça que a consciência é importante para ajudar a acabar com uso do tabaco em ambientes fechados ou perto de pessoas não-fumantes. “Cabe ao fumante se sensibilizar e respeitar o ambiente, zelando pela saúde de todos”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário