Sargento morre esmagado por ônibus

 

O sargento da Polícia Militar Ernesto Júnior de Souza, de 48 anos, mal pôde aproveitar os benefícios de sua aposentadoria, conseguida no final de 2009, depois de 30 anos de trabalho. No final da tarde desta segunda-feira (31), ele morreu em um trágico acidente de trânsito na Avenida Felipe dos Santos, no Bairro Cidade Nobre, em Ipatinga. A motocicleta Suzuki Yes que Ernesto pilotava, trazendo a filha na garupa, colidiu contra um ônibus da Autotrans que cumpria o itinerário Barra Alegre/Centro. O sargento caiu debaixo do coletivo e sofreu esmagamento do crânio, morrendo no local do acidente. Sua filha foi socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para o Hospital Márcio Cunha (HMC). Ela passa bem.
O acidente aconteceu próximo à Praça das Mães, que recentemente foi reformada. Preliminarmente, depois de analisar o local e colher depoimentos de testemunhas, a PM e a perícia da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) de Ipatinga presumiram que o policial aposentado esbarrou a Suzuki Yes (GYT-9747) em uma pessoa – que seria uma mulher – que tentava atravessar uma faixa de pedestres. Desequilibrado, ele teria batido primeiro contra a frente do ônibus da Autotrans, modelo Mercedes Benz placas GXS-1459, e derrapado no asfalto. Instantes depois, as duas rodas do lado direito do coletivo teriam passado sobre o corpo e a cabeça do sargento. Sua filha sofreu ferimentos leves. O capacete dela ficou completamente destruído. Os dois veículos seguiam no mesmo sentido, em direção ao Cidade Nobre.
Amigos 
Vários policiais militares que eram amigos de Ernesto estiveram no local do acidente e disseram que ele era uma pessoa muito tranqüila e serena. “Ele havia reformado a casa dele há pouco tempo. Não dá pra entender como o sargento se envolveu nesse acidente, pois ele era muito atento no trânsito”, comentou um dos PMs. “Ernesto era um veterano, dedicou 30 anos à Polícia Militar. Ficarão só as boas lembranças”, emendou outro policial. 
O capitão PM Sérgio Renato acompanhou os trabalhos da perícia e também falou sobre o ocorrido. “Infelizmente é uma fatalidade com um colega nosso, que se aposentou há pouco tempo. A Polícia Militar sente muito”, lamentou o oficial. 
Quando ainda era policial, Ernesto combatia a violência, principalmente na região dos bairros Limoeiro e Vila Celeste, suas principais áreas de atuação. Ele era casado, residia no Limoeiro e deixou duas filhas.