10 de jun. de 2010

Vital Brazil cadastra doadores

 

O Hospital e Maternidade Vital Brazil inicia, a partir deste mês, o trabalho de abordagem de doadores de órgãos, em parceria com a MG Transplantes, de Governador Valadares. De início, serão abordados apenas possíveis doadores de córneas, e dentro de dois meses doadores de múltiplos órgãos farão parte da abordagem.

Fundada em 92, a MG Transplantes conta com uma equipe de médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros que atuam na abordagem e auxílio na decisão das famílias nas doações, coordena e acompanha as Equipes de Retirada de Órgãos para garantia da qualidade do órgão a ser ofertado.

Segundo dados da empresa, Minas Gerais está entre os Estados que apresentam mais doadores. Em mais de 80% das doações, as famílias apoiam o ato. Através de equipe multidisciplinar, o Vital Brazil agora é reconhecido como hospital apto a realizar a abordagem. “Havendo óbito e o cadáver em condições de doação, a equipe multidisciplinar do HMVB fará o trabalho de incentivo das famílias a praticarem e apoiarem a doação das córneas para transplantes. A cirurgia de retirada será feita no próprio hospital, enquanto a Central de Transplantes é comunicada e, no ato, consulta os cadastros técnicos com informações de quem está na fila para receber o transplante”, explica Graziella Neves, gerente assistencial.
Legislação
O tempo de retirada do órgão até o momento da operação em outro paciente precisa ser de, no máximo, de seis horas. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será determinada através de exames que comprovem a sua compatibilidade com o doador; por isso, nem sempre o primeiro da fila é o receptor da doação.  

A lei que regulamenta a doação e os transplantes é a de nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, posteriormente alterada pela Lei nº 10.211, de 23 de março de 2001. Fica assegurado que, após a morte, o cadáver submetido à doação não poderá apresentar deformações.

Assim como demais órgãos, a córnea só pode ser aproveitada em casos de morte encefálica ou por causas naturais e após avaliação do potencial doador feita por médico intensivista e neurologista que atestem se o cadáver está apto a ser doador. A doação não pode ser realizada em casos de conjuntivite ou doenças oculares, encefalites, raiva, leucemia, endocardite, tumores malignos, doença corneana ou qualquer causa indeterminada.
Como doar
De acordo com o Ministério da Saúde, o passo principal para uma pessoa se tornar doadora é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário explicitar esse desejo por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito, após a constatação da morte encefálica. A partir desse gesto, uma ou mais partes do corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, poderão ajudar outras pessoas.

fonte: Diário do Aço

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