Enquanto a Copa do Mundo não começa, vamos dando pitacos à vontade, sobretudo porque todo brasileiro é naturalmente arrogante, olha o resto do mundo de cima prá baixo, quando o assunto é futebol.
Na verdade, tirando as oito seleções habitualmente favoritas, – Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Holanda, França, Inglaterra e Espanha -,as demais são meras coadjuvantes, totalizando absurdas 32 equipes, que servem apenas de instrumento para a FIFA vender caro o seu produto, recebendo quotas milionárias de patrocínio, se empapuçando cada vez mais de dinheiro.
E, não é só a FIFA que aproveita a maré da Copa para faturar alto. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deu um choque térmico na Seleção Brasileira, às vésperas da estréia, levando-a de 1700 metros de altitude para o nível do mar, a fim de fazer um amistoso contra a desconhecida Tanzânia, expondo os jogadores não só ao risco de contusões, mas de contrair gripe, além da malária, que assola a população daquele país, mas garantiu a entrada de mais R$ 4 milhões nos cofres da entidade.
Enquanto isso, a Seleção de Portugal, adversária do Brasil na primeira fase, preferiu pagar a micharia de R$ 57,5 mil para Moçambique ir até o seu encontro, do que receber para ir jogar na casa do adversário.
· Mais uma vez o Democrata da vizinha e querida Gov. Valadares faz por onde a pecha de “clube de verão”, que abre as portas somente nos quatro primeiros meses do ano para disputar o Campeonato Mineiro. Sua diretoria resolveu desistir de disputar a quarta divisão do Brasileiro, que começa no dia 18 de julho , depois da Copa do Mundo.
· O pior é que ainda tenho de dar razão ao presidente do alvi-negro da Rua Oswaldo Cruz, onde vivi boa parte da minha infância. Nos dias de jogos importantes da Pantera, aparecem lá no Mamudão um bando de empresários, políticos, que se dizem valadarenses e torcedores fanáticos da Pantera. Enchem a cara na cerveja, xingam o juiz, bandeirinhas, desopilam o fígado e vão embora. Mas, quando são chamados para participar financeiramente do Democrata, desaparecem do mapa. Sem apoio também da Prefeitura , embora o clube divulgue o nome da cidade pelo mundo afora, não restou outra alternativa ao presidente Edivaldo Soares senão jogar a toalha.
· Gosto da maneira como o técnico Cuca arma as equipes que dirige e o tenho na conta de um treinador diferente dos “professores-doutores” espalhados por aí, portanto, não vejo razão para esta rejeição tão grande ao seu nome. De fato, Cuca não tem tido muita sorte, pois não ganhou títulos de expressão, mesmo já tendo passado por alguns dos principais clubes no eixo Rio-SP. Isto é preocupante quando se trata de futebol, pois como dizia Nelson Rodrigues, “sem sorte, o sujeito não consegue atravessar a rua. É atropelado pelo carrinho de picolé”. (Fecha o pano!).
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