12 de jun. de 2010

Farmácias de BH registram aumento de até 900% nas vendas de Viagra

 

viagra Na véspera do Dia dos Namorados, muitas farmácias atualizaram as tabelas e abaixaram o preço do Viagra. A queda no preço da pílula azul deu resultado. Teve drogaria que registrou crescimento de 900% na venda do medicamento ontem. A Pfizer, dona da marca, anunciou nesta semana a redução pela metade do preço da unidade para tratamento da disfunção erétil e lançou a embalagem com apenas um comprimido de 50 mg. Antes, cada comprimido do Viagra custava cerca de R$ 30, dependendo do estado brasileiro. Agora, ele passa a custar R$ 15, mas em algumas drogarias o preço está mais baixo, na guerra para ganhar o consumidor.
A rápida alteração nas tabelas nas prateleiras é justificada. Sexta-feira, às 18h, é o horário de maior volume de vendas do Viagra nas farmácias. “É a hora do crime”, brinca Modesto Araújo, presidente da Drogaria Araújo. A rede, que tem 95 unidades no estado, está entre as líderes de venda do Viagra no país. A maior parte das vendas da pílula do amor da Araújo ocorre nas unidades de drive-thru, em que os clientes compram os produtos dentro do carro. “O cliente fica com vergonha de comprar na loja”, ressalta Araújo.
Na rede Pague Menos, a caixa com uma unidade estava por R$ 12,99. A queda de preço levou a filial do Centro de Belo Horizonte da rede a vender dez unidades na manhã de ontem, sendo que a média normal é de uma unidade. “Pela manhã, costumamos ter uma procura tímida. Mas hoje (ontem) vendemos muito. E amanhã (hoje) no período da tarde, pode ser melhor ainda, pelo Dia dos Namorados”, informa o gerente regional da Pague Menos, Albery Dias.
Patente

A redução do preço do Viagra veio dias antes de a Pfizer perder a patente do Brasil. Em 20 de junho, a EMS se prepara para lançar o genérico do Viagra, que deve ser, no mínimo, 35% mais barato do que o preço de tabela do medicamento de referência. A Eli Lilly do Brasil informa que não reduzirá o preço do Cialis, medicamento de referência para disfunção erétil concorrente do Viagra. A indústria divulgou nota informando que acredita nos diferenciais do Cialis, que possibilita até 36 horas de eficácia para o paciente, mediante estímulo sexual.
O copeiro Ronaldo Raimundo, de 37 anos, afirma que nunca tomou pílula para tratamento de disfunção erétil. “Eu nunca tive necessidade. Se um dia um médico indicar um genérico, posso tentar para começar. Se não, compro um verdadeiro”, diz. O analista de sistemas Francisco Carlos Brandão aprovou a queda de preço do Viagra. “A redução de preço de qualquer medicamento é boa. Até hoje, eu não precisei, mas não sei como vai ser no futuro”, afirma.
O Supremo Tribunal de Justiça decidiu em 28 de abril que a patente do Viagra vai vencer em junho deste ano, como previsto pela legislação brasileira. A Justiça prevê a proteção da propriedade industrial de remédios por 20 anos após o primeiro registro. Também ontem, o laboratório Graxo anunciou a redução em 50% no preço de diversos medicamentos, como antibióticos e remédios contra enxaqueca e asma. Araújo avalia que a queda do preço do Viagra pode ajudar a diminuir o consumo de medicamentos falsificados.

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