21 de jun. de 2010

Pedreiro vai a juri popular

 

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O pedreiro Willian Augusto da Silva, de 29 anos, foi pronunciado pelo Poder Judiciário de Ipatinga por assassinar a esposa Ivanete Moreira da Silva, 22. Isso quer dizer que ele deverá ir a júri popular nos próximos meses, respondendo a um homicídio qualificado. O crime aconteceu no final de fevereiro de 2009. Por não aceitar o fim do relacionamento imposto por Ivanete, Willian tomou a pior das atitudes: após escrever uma carta de despedida, ele a degolou com uma faca e ainda tentou se matar, passando a lâmina no próprio pescoço. O advogado do pedreiro chegou a entrar com um recurso, junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), tentando que seu cliente não fosse submetido a julgamento. No entanto, o pedido foi apreciado e a decisão de pronúncia do Poder Judiciário de Ipatinga foi mantida.
No dia do crime, uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no prédio em que o casal residia, na Rua Marselha, no Bairro Bethânia, e constatou a morte de Ivanete, que era dona de casa. Enfermeiros e médicos deram os primeiros atendimentos a Willian, que foi levado para o Hospital Márcio Cunha (HMC). Ele conseguiu se recuperar dos ferimentos e atualmente está recolhido no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga.
Quando o pedreiro assassinou a esposa, faltavam poucos minutos para o meio-dia. Vizinhos escutaram gritos de socorro de Ivanete e imediatamente ligaram para a Polícia Militar. O cabo Jaime foi um dos primeiros policiais a ter acesso ao quarto do apartamento onde o crime aconteceu. “Assim que chegamos ao local, nós constatamos que o casal estava em cima da cama. A mulher já estava aparentemente morta e o rapaz se debatendo. Entramos pelos fundos do apartamento, mas não era possível ter acesso ao cômodo pela janela. Então arrombamos a porta e chamamos o Samu para socorrê-los”, revelou o militar no dia do crime.
Jaime ainda disse que chegou a retirar a arma usada no crime das mãos do assassino. “Quando entramos no quarto, Willian ainda segurava a faca, próximo ao pescoço da esposa. Ele estava respirando e debatendo a mão que segurava a faca. Tomamos a arma dele porque achamos necessário e acionamos o Samu”, completou o militar.
Tranqüilos
Ivanete e Willian eram casados há cinco anos. Os dois residiam na Rua Marselha, no Bairro Bethânia, a pouco mais de quatro meses. O apartamento é simples: quarto, sala, cozinha e área de serviço. O proprietário do prédio – onde existem seis apartamentos –, José Viveiros, 68, afirmou nunca ter notado algo de anormal com o casal e tampouco presenciado uma discussão entre eles. “Os dois eram calados e não nos perturbavam em nada. Pagavam o aluguel corretamente e eram bons inquilinos. Sei que Ivanete ficava muito em casa e ele saía cedinho para trabalhar”, descreveu na ocasião.
Vizinhos de Ivanete e Willian ainda afirmaram que os dois eram muito discretos. O casal pouco era visto na rua.
Carta de despedia
Antes de assassinar a esposa, Willian escreveu uma carta de despedida, destinada às suas irmãs e sogros. O pedreiro faz vários desabafos e diz que matou a esposa por amor, afirmando que não iria conseguir viver sem ela. Ao degolar a mulher e se matar, ele acreditava que viveria com ela para sempre.
Na carta, Willian também relatava o desejo de ter filhos com a esposa. Ele mandou vários abraços para familiares e amigos e também pediu desculpas aos pais. Por último, o pedreiro citou uma pessoa de prenome “Zenir”, que seria o responsável por acabar com a vida dele e da esposa.

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