12 de jun. de 2010

Usiminas e Sindipa chegam a acordo

 


I003799 Dois dissídios coletivos que tramitavam no Tribunal Regional do Trabalho de Minas (TRT-MG) há cerca de seis meses e que dizem respeito aos trabalhadores da região terminaram nesta sexta-feira (11), com acordos entre patrões e empregados.

Os processos tratavam das campanhas salariais dos metalúrgicos da Usiminas, em Ipatinga, e da Cenibra, em Belo Oriente. Em ambos os casos foi concedido aumento real de 1% aos trabalhadores.

No primeiro dissídio, instaurado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa) contra a Usiminas, era reivindicado reajuste salarial de 12%, abono salarial de R$ 3,3 mil e piso de R$ 2.178,30, além de outras vantagens.

Ao final, depois de várias audiências e da apresentação de propostas conciliatórias pelo juiz instrutor do processo, José Eduardo de Resende Chaves Júnior, as partes chegaram a um acordo, cujos termos foram protocolados nesta sexta-feira, horas antes da audiência. Com a petição conjunta, noticiando o acordo, o processo perdeu o objetivo.

O acordo assegura aos trabalhadores reajuste de 4,18%, já efetuado em dezembro de 2009, aumento real de 1% a partir de 1º de junho de 2010 e abono de R$ 500, a ser pago juntamente com o salário de junho corrente.
Cenibra
Outro acordo foi no dissídio ajuizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça de Belo Oriente e Governador Valadares (Sinticel) contra a Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra).

O sindicato pedia a reposição salarial pelo INPC, aumento real de 4% do salário, abono de um salário e meio nominal e piso salarial de R$ 750.

Na audiência realizada nesta sexta-feira, antecedida de várias reuniões de negociação direta entre as partes, foi acatada a proposta do juiz José Eduardo de Resende Chaves Júnior, para a reposição salarial de 4,45%, aumento real de 1%, abono linear de R$ 1,2 mil, abono de 30% sobre o salário normal a título de retorno de férias e manutenção das demais cláusulas sociais.

Acordo também sobre demissões na Cenibra

O Sinticel e a Cenibra fecharam também acordo durante audiência no Fórum Trabalhista em Coronel Fabriciano. A decisão pôs fim ao Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica ajuizado pela entidade de trabalhadores. O acordo estava emperrado porque o Sinticel buscava solucionar questão ligada à dispensa coletiva realizada pela empresa em maio.

A desembargadora Emília Facchini, vice-presidente judicial do TRT, decidiu encaminhar o processo ao foro de Coronel Fabriciano, cuja audiência foi presidida pelo juiz Edson Ferreira de Souza Júnior, titular da 2ª Vara do Trabalho que, na quinta-feira, mediou o entendimento entre as partes.

O acordo entre as partes prevê a concessão de um benefício extra aos empregados dispensados entre os dias 17 e 21 de maio de 2010, além dos benefícios constantes do “Programa de Indenização pela Reestruturação Funcional – PIR”. Os dispensados receberão também uma indenização adicional, a ser calculada a partir do tempo de contrato e número de dependentes.

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