6 de jul. de 2010

Ricardo Teixeira dá 15 dias para Felipão dizer se aceita ou não a Seleção

 

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, hospedado no luxuoso e caríssimo Hotel Michelangelo, em Johanesburgo, ligou para o técnico Luiz Felipe Scolari, convidando-o para assumir o comando da Seleção Brasileira, no lugar do demitido Dunga. O técnico disse que não pensava nisto agora, já que assinou contrato com o Palmeiras, mas Teixeira insistiu e deu prazo de 15 dias para uma resposta definitiva. Admitiu até dividir com o clube paulista o treinador, nos próximos seis meses, que somente em janeiro de 2011 assumiria integralmente a equipe nacional. Felipão ficou de conversar com os dirigentes do Verdão e dar uma resposta.

Felipão assinou contrato com o Palmeiras no mês passado. (Foto: Vipcomm)

Teixeira, que demitiu toda a comissão técnica e se disse decepcionado com a participação brasileira neste Mundial, confidenciou a amigos que muita coisa vai mudar na conduta dos jogadores e técnicos e que não vai admitir mais a clausura que houve durante a competição. Ele diz que, assim como em 2006, em Weggis (Suíça) e na Alemanha, houve excessos, com folgas e treinos pouco puxados, na África do Sul também houve, só que ao contrário, e que o próximo técnico terá de usar o meio-termo para que não haja desavenças com a imprensa, evitando o desgaste causado por Dunga, sempre de mal com os jornalistas.

Teixeira também disse que Vanderlei Luxemburgo está definitivamente descartado, pois ainda há o temor da reabertura da CPI do Futebol, que quase lhe tirou do comando da CBF. O presidente da entidade chegou a redigir uma carta-renúncia, após publicação de uma reportagem no programa Globo Repórter da TV Globo, na qual foi acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e outras falcatruas. Mas, convencido por amigos, voltou atrás e trabalhou nos bastidores do Congresso Nacional para arquivar a CPI. Luxemburgo, um dos envolvidos, segue sua vida normalmente, como treinador.

Com a fonte que está com ele na África, o presidente da CBF não falou em outro nome, como a imprensa tem especulado. Teixeira tem fixação por Scolari e aponta a opinião pública como sua maior aliada, pois em caso de novo fracasso ele seria eximido de culpa. O dirigente sabe que em se tratando de Copa no Brasil as cobranças serão grandes, já que em 1950 o time brasileiro perdeu a única que realizou. A de 2014 será a 20ª e Teixeira fecharia seu ciclo na CBF com chave de ouro, em caso de conquista. Por isso mesmo ele não quer mais experiências como as que fez com Falcão, em 1991, e Dunga, em 2006, que foram um fracasso total.

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