01/04/2010
Hora da verdade
O que mais me chamou a atenção, na aplaudida goleada de 6 a 0 do Galo sobre o Ituiutaba, no último domingo, que fechou sua participação com altos e baixos, em terceiro lugar na fase inicial do Mineiro, foi a declaração do técnico Vanderlei Luxemburgo, após a partida, reconhecendo que a equipe ainda está bastante vulnerável na sua defesa."Estamos vulneráveis,- disse Luxa de forma objetiva -, dando muito espaço e os adversários continuam chegando. Este tipo de erro pode ser cometido contra Ituiutaba e outros do mesmo nível, mas na hora da verdade, contra Cruzeiro, Santos, São Paulo, Corinthians, Flamengo, Internacional, Fluminense e outros, é estar morto”.Então, hoje, contra o modesto Chapecoense, para quem perdeu o jogo de ida por 1 a 0, obrigando-o a ganhar hoje no mínimo por dois gols de diferença, veremos se as preocupações do treinador, que as deve ter transmitido aos jogadores, foram bem assimiladas. Os três gols marcados contra o Ituiutaba, mesmo sendo este um adversário muito fraco, foram importantes para trazer confiança a todo o time para esta decisão de hoje, mas especialmente, ao artilheiro Diego Tardelli, que pode ao lado de Obina, Renan Oliveira, Muriqui, resolver a parada a favor do alvi-negro.· No momento, outra polêmica bem mais saudável do que a camisa rosa, ganha espaço entre os atleticanos: a contratação do goleiro Marcelo, ex-Corínthians, que últimamente vinha defendendo o Bahia, outrora glorioso, hoje na Série B do Brasileiro (quase caiu à Série C erm 2009), ao invés de dar uma chance ao jovem Renam Ribeiro, revelação da base e campeão ano passado da Taça BH. · Mas, vejam só como é ingrato este nosso futebol, pois deixa estar que, enquanto o Galo gasta uma fortuna, batendo cabeça aqui, ali e acolá, tentando contratar um goleiro, à altura da sua tradição, o filho de um de seus maiores ídolos nesta posição, está prestes a ser lançado no cenário do futebol nacional, não com a camisa alvi-negra, mas com a do tricolor gaúcho, o Grêmio do Rio Grande do Sul.· Chico Maia escreveu no seu blog em fevereiro e saiu também na coluna que mantém no “Super” no último dia 14 de março: "Do João - O goleiro do time júnior do Grêmio, Helton, é apontado como uma das promessas do futebol gaúcho: 1,91 m de altura, destaque em torneio disputado na Itália na semana passada. Nada de anormal, caso ele não fosse filho do João Leite, nome da história do futebol mineiro. Jogava no América, foi para o Goiás, e levado ao Grêmio pelo ex-atacante Baltazar”.· A torcida do Galo anseia, espera por explicações da diretoria do Galo e do ex-goleiro, João Leite, pois, afinal de contas, desde que parou de jogar futebol, em 1992, jurando amor eterno ao “glorioso”, - assim como fazem muitos tão logo penduram as chuteiras e ingressam na política -, sendo eleito e reeleitovárias vezes deputado, cargo que ocupa atualmente na Assembléia Legislativa de nosso estado, graças aos votos de milhares de atleticanos, que não se esquecem de suas grandes atuações, numa época em que o Galo dividia com o Flamengo de Zico, a condição de melhor time do Brasil. As perguntas que não querem calar: por que o filho do ex- goleiro e ídolo João Leite, Helton, não está no Galo, o clube que projetou seu pai no mundo do futebol e lhe deu condições para se tornar um político vitorioso? Alguém o dispensou? Quem? Qual a razão para o deputado e pai do atleta permitir sua ida para outro clube e nãoo Galo? (Fecha o pano!)
E-mail: bolaarea@yahoo.com.br
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