9 de set. de 2010

O comentário de Fernando Rocha

 

fernando Modelos diferentes

O Vasco da Gama, adversário do Galo hoje à noite, deve dois meses de salários a seus jogadores, mas contudo o time continua bem na competição, não perde há 11 rodadas, desde que PC Gusmão largou o Ceará na ponta da tabela e assumiu o time na zona de rebaixamento, para levá-lo à oitava posição com 26 pontos ganhos.

O Galo é o 17º colocado, com 17 pontos, e está na zona de rebaixamento da competição. Em 19 partidas, o time teve 12 derrotas e venceu apenas cinco vezes.

O Vasco não tem um time de craques, sua despesa com salários de jogadores é baixa se comparada à do Atlético, mas seu time luta em campo do início ao fim, não se entrega em momento algum e sobretudo não se apequena diante dos adversários, seja ele inferior ou de igual tamanho.

Incrível é que o responsável por esta transformação, o técnico PC Gusmão, tenha sido treinado e doutrinado pelo atual treinador do Galo, Vanderlei Luxemburgo, de quem foi assistente no início de sua carreira.

Por que o modo Atlético, ou seja, Luxa-Kalil, de tocar o futebol não está dando certo? Por que o modelo simples, aparentemente até irresponsável, que deixa atrasar o salário dos seus atletas, está conseguindo até aqui bons e melhores resultados?

As respostas, quem pode dar são dois presidentes dos clubes, seus jogadores, treinadores, os responsáveis pelo que é certo ou errado, até porque o presidente do Galo, Alexandre Kalil, costuma dizer que nós jornalistas somos “engenheiros de obra pronta”, então que consiga alguma mágica capaz de mudar esta situação. “Craques podem fracassar, e jogadores medianos, brilhar. O futebol é muito complexo. Nós é que tentamos simplificá-lo. Tostão.

· O velho e bom Oto Glória, que se consagrou no futebol dirigindo a grande Seleção de Portugal na Copa de 1966, que era comandada em campo por Eusébio, o maior jogaor português de todos os tempos, imortalizou uma frase que exprime bem o que seja ser treinador de futebol: - Aqui em Portugal, se o técnico perde é uma besta, se ganha é bestial.

· De fato ele não não entra em campo, não marca, não chuta a gol, mas uma mexida sua na equipe pode dar resultado e também piorar ainda mais a situação e levar o quadro à derrota. Assim é que na virada de 3 a 2 sobre o Palmeiras, Cuca mexeu certo e as alterações deram resultado, sendo então um dos artífices da vitória. Ontem, contra o Internacional em Uberlândia, pode não ter havido a mesma coisa, pois o futebol só é empolgante por não ser uma ciência exata.

· A situação do Ipatinga, que não vence há cinco jogos, lanterna da Série B com apenas 15 pontos ganhos em 20 jogos, é muito parecida com a do Galo na divisão principal. Em ambos os casos, vão precisar de 45 pontos para escapar do rebaixamento e para isso terão de vencer, no caso do Tigre, no mínimo 10 dos próximos 18 jogos restantes, enquanto o Galo seria um a menos, nove, o que não deixa de ser uma tarefa bastante complicada.

· O Vila Nova de Goiás, cujo mascote também é o Tigre, durante praticamente todo o 1º turno habitou a zona de rebaixamento e agora está prestes a deixá-la, se continuar a arrancada iniciada há cinco rodadas, invicto desde que Ademir Fonseca assumiu o comando do time. Ao contrário da maioria dos clubes, que se desesperam e partem para contratações emergenciais de qualidade duvidosa, a fi de tentar escapar do rebaixamento, a diretoria do “Tigre” de Goiânia colocou todos os salários de jogadores e funcionários em dia, dando-lhes a segurança de que não haverá mais atrasos até o final da competição. E, ainda paga R$ 50 mil de bicho por partida em casa de vitória, que é rateado com todos os integrantes da equipe. (Fecha o pano!)

E-mail: bolaarea@yahoo.com.br

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