6 de set. de 2010

Cruzeiro ganha de virada: 3 a 2

 

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Montillo fez o gol de empate do Cruzeiro

DA REDAÇÃO - Foi uma partida com um tempo para cada equipe. Se antes do intervalo o Palmeiras abriu boa vantagem e fez 2 a 0, na segunda etapa foi a vez de o Cruzeiro dominar a disputa e arrancar uma vitória maiúscula na fria tarde deste domingo, no Pacaembu.

O placar de 3 a 2 de virada, combinado com os resultados da rodada, alçaram a equipe mineira na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.

A Raposa fareja o G-4 bem de pertinho - é a quinta colocada, com 31 pontos. E se a equipe mineira agora consegue ver o seleto grupo de mais perto, isso muito se deve ao desempenho de Roger, que entrou no segundo tempo para fazer um gol e dar um passe preciso para Montillo. E ao argentino Farías, que fez o gol derradeiro da partida e sacramentou o 3 a 2 para o time celeste.

Ao Palmeiras resta a queda na tabela. A derrota frente aos seus torcedores - foram pouco mais de 21 mil pessoas - fez a equipe cair da nona para a 12ª posição, com 24 pontos.

E leva mais dificuldades ao técnico Luiz Felipe Scolari, que viu seu esquema com três zagueiros e três volantes - Rivaldo ainda atuva improvisadamente na lateral esquerda - desmoronar.

E ouviu vaias em casa, assim como aconteceu na derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, há três rodadas, no Pacaembu.

Na próxima rodada, quando ocorre a abertura do returno do Nacional, o Palmeiras visita o Vitória, às 22h desta quarta-feira, no Barradão. Já o Cruzeiro recebeu o Internacional, às 19h30m também de quarta-feira, no Parque do Sabiá.

Palmeiras e a bola parada

Depois de conquistar quatro pontos em duas partidas fora de casa, o Palmeiras sentia que precisava de uma boa apresentação frente ao seu torcedor. E, justamente por isso, tomou a iniciativa do jogo.

Ao Cruzeiro, restavam os contra-ataques, armados quase sempre por Montillo, habilidoso camisa 10 do time Celeste. Foi ele que, em cobrança de falta, aos 12 minutos, levou perigo ao gol de Marcos, que precisou se esticar para tirar para a linha de fundo.

Apesar de ter maior posse de bola, o Palmeiras não conseguia encaixar uma jogada para o atacante Kleber, único homem de frente do time. A alternativa foi apostar em lances de bola parada.

Marcos Assunção, batedor oficial das faltas palmeirenses, teve duas oportunidades, aos 11 e aos 29 minutos. Ambos pararam com tranqüilidade nas mãos do goleiro Fábio.

Mas foi de uma cobrança de falta que o Palmeiras chegou ao primeiro gol. Indiretamente pelos pés de Asssunção. Na bola alçada na área, Fabrício teve sua camisa segurada pelo atacante Wellington Paulista dentro da área.

O pênalti foi cobrado por Kleber, que teve pela frente Fábio, goleiro que até poucos meses atrás era seu companheiro de treinos na Toca da Raposa. Mas não houve chance para o arqueiro celeste na batida precisa do Gladiador.

O 1 a 0 aos 35 minutos não teve uma comemoração efusiva do camisa 30, em respeito ao seu ex-clube. No entanto, o amor pelo alviverde, exaltado durante a última semana, não foi esquecido. Apareceu em forma de um beijo no escudo.

Três minutos depois, o Palmeiras voltou a ampliar, novamente em jogada de bola parada. Após cobrança de escanteio, Maurício Ramos acertou as redes de Fábio outra vez: 2 a 0.

O resultado satisfazia os torcedores que compareceram ao Pacaembu nesta fria tarde de domingo. E colocava o alviverde ainda mais na cola do Cruzeiro, ainda mais próximo do desejado G-4 do Brasileiro.

Roger muda o Cruzeiro e o jogo

Sem conseguir assustar muito Marcos no primeiro tempo, Cuca resolver mexer para a segunda etapa na equipe, com jogadores do meio para frente.

O treinador celeste se desfez do confuso trio de defensores – Gil foi o escolhido para dar vaga ao argentino Farías – e trocou Wellington Paulista por Roger. As mudanças melhoraram o time mineiro, que aparecia a todo instante bem perto do goleiro Marcos.

Em uma das jogadas, aos oito minutos, o arqueiro palmeirense levou a pior na hora de afastar o perigo. Para evitar o gol de Farías, após lançamento de Thiago Ribeiro, Marcos acabou se chocando com o atacante argentino.

Sentiu o joelho esquerdo, que já havia lhe incomodado na primeira etapa. E acabou sendo substituído por Deola aos nove minutos por não suportar as dores – o local foi o mesmo em que o atleta passou por uma artroscopia, em julho passado.

Do banco de reservas, Marcos viu o Palmeiras ceder à insistência do Cruzeiro. Maurício Ramos foi afastar a bola da área, mas acabou errando e cedeu o rebote ao meia Roger.

O camisa 17 bateu e contou com um desvio na trajetória da bola para acertar as redes de Deola, que caiu para o lado contrário e sofreu um gol sem ter ao menos tocado na redonda, aos 14 minutos.

Roger mudou o comportamento do Cruzeiro no Pacaembu. Mesmo tendo pela frente um Palmeiras mais fechado - era três zagueiros e três volantes - , o meia não se intimidou com a marcação.

Encontrou uma brecha entre tantos alviverdes e deu um passe perfeito para Montillo entrar na área e empatar a disputa, aos 20 minutos.

Preocupado com a falha defensiva, Felipão lançou mão de mais um volante. Apostou em Tinga na vaga de Valdivia, que saiu de campo visivelmente contrariado, arremeçando um copo de água no chão. E o sufoco palmeirense seguia.

Aos 40 minutos, Thiago Ribeiro arrancou pelo lado direito e rolou na área, onde estava Farías. O argentino não teve dificuldades para empurrar a bola para o fundo do gol e fazer 3 a 2 no Pacaembu. O Palmeiras, que chegou a ver o G-4 mais de perto, no final viu o Cruzeiro encontrar no grupo.


PALMEIRAS 2 X 3 CRUZEIRO

Palmeiras: Marcos (Deola); Maurício Ramos, Danilo e Fabrício; Márcio Araújo, Edinho, Pierre, Marcos Assunção e Rivaldo (Ewerthon); Valdivia (Tinga) e Kleber.

Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Cruzeiro: Fábio; Gil (Roger), Edcarlos e Léo; Jonathan, Diego Renan; Henrique, Marquinhos Paraná e Montillo (Fabinho); Wellington Paulista (Farías) e Thiago Ribeiro.

Técnico: Cuca.

Gols: Kleber, aos 35, e Maurício Ramos, aos 38 mintuos do primeiro tempo. Roger, aos 14, e Montillo, aos 20, e Farías, aos 40 minutos do segundo tempo

Cartões: Jonathan, Diego Renan e Gil (Cruzeiro). Rivaldo e Kleber (Palmeiras).
Local: Pacaembu, em São Paulo.

Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR)

Auxiliares:Roberto Braatz (Fifa/PR) e Rodrigo Pereira Joia (RJ).

Público: 21.560 pagantes. Renda: R$620.526,00

Fonte : G1

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