3 de set. de 2010

Ex-genro assassina serralheiro

 

Em 2009, o usuário de drogas Fabrício Rodrigues Silva, 18 anos, prometeu que assassinaria o ex-genro, o serralheiro Jorge Borges dos Santos, de 44 anos. Na noite desta quarta-feira (1º), ele cumpriu o que havia prometido: cometeu o homicídio na Rua São Brás, no distrito de Cachoeira do Vale, em Timóteo. Jorge recebeu um tiro na cabeça e morreu depois de ser internado no Hospital e Maternidade Vital Brazil (HMVB). Fabrício fugiu, mas acabou preso pela Polícia Militar no município de Ferros, na região de Itabira.
Fabrício completou 18 anos nesta quinta-feira (2). Portanto, ele assassinou Jorge quando ainda era menor. Porém, quando já havia chegado à maioridade, durante a manhã desta quinta, ele praticou dois crimes: assalto e posse ilegal de arma de fogo. Desta forma, ele foi mandado para uma cadeia.
Fabrício e Jorge, que eram vizinhos, começaram a se desentender há cerca de dois anos, quando o jovem tentou namorar uma das filhas do serralheiro, mas ele não permitiu. De acordo com o que testemunhas relataram para a PM, a vítima estava em casa quando um cliente gritou por seu nome na rua. Nesta hora, Fabrício se encontrava sentado perto da esquina das ruas São Brás e São Tomás. Jorge foi até a residência do cliente. Quando voltava pra casa, ele passou perto do ex-genro e recebeu o tiro na cabeça, que atingiu a nunca. Ele perdeu a vida pouco tempo depois de internado no HMVB.
Irmão
Um dos irmãos do serralheiro, o comerciante Ronilson dos Santos, 43, conversou com o jornal VALE DO AÇO. Muito abalado, ele estava também indignado e comentou o ocorrido. “Meu irmão havia sido jurado de morte por esse marginal, que se envolveu com a minha sobrinha há cerca de um ano e meio, dois anos. Na ocasião, Jorge falou que não queria envolvimento dele com a minha sobrinha. Meu irmão sabia que esse indivíduo estava envolvido com drogas, roubo, essas coisas”, lembrou Ronilson, que na região do Cachoeira do Vale é conhecido como “Nida”.
O comerciante estava revoltado com as circunstâncias em que Fabrício matou Jorge. “Meu irmão teve a divergência com esse rapaz, que o ameaçou de morte. Ele veio a cumprir essa ameaça nesta quarta-feira, no início da noite, deixando a família de Jorge desamparada e órfã. Meu irmão era uma pessoa íntegra, trabalhadora, que vivia para a família. Aí vem um vagabundo e tira a vida dele?”, reclamou.
Ronilson ainda contou como foram os momentos que antecederam o assassinato de Jorge. “Ele chegou do trabalho, tomou banho e estava preparando uma aula dominical, pois era membro da Igreja Assembléia de Deus. Tomava conta da mocidade lá. Um senhor o chamou na porta por causa de um trabalho que ele tinha feito. Meu irmão saiu e foi até a casa desse senhor. Quando voltou, esse indivíduo (Fabrício) o tocaiou e atirou na nuca dele”, concluiu o comerciante. Natural de João Monlevade, Jorge era casado e deixou quatro filhas órfãs.
Prisão em Ferros 
Depois de atirar contra a cabeça de Jorge, Fabrício fugiu. Já no início da manhã desta quinta-feira, pouco tempo depois de ter completado 18 anos, ele tomou de assalto o Volkswagen Gol placas GMX-3032, de propriedade de Maria Aparecida Martins Alves, 42. O roubo aconteceu também no distrito de Cachoeira do Vale, em um local conhecido como Travessa São Jorge.
Depois de se apossar do carro, Fabrício saiu em alta velocidade rumo à BR-381. Já no final da manhã desta quinta, denuncias anônimas à PM culminaram na prisão do jovem no povoado de São João, na zona rural da cidade de Ferros. Fabrício se escondia na casa do avô paterno. A arma usada no assassinato de Jorge, um revólver calibre 32 com cinco munições, foi apreendida com ele. O Gol estava próximo à residência.
Fabrício foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Ferros. Ele foi autuado em flagrante por assalto e posse ilegal de arma de fogo, sendo encaminhado à cadeia do município.

fonte: JVA online

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